segunda-feira, 18 de julho de 2016

Livros: O Rouxinol...

"Na França sitiada pelos nazistas, duas irmãs se veem em polos opostos ao encarar o inimigo comum."

 

Estava eu na livraria, em busca de um novo livro para ler agora nas férias, quando me deparei com O Rouxinol. Gostei da capa, inicialmente. Aqui abro parênteses: quando não ouvi ou li sobre um livro, as capas são motivos de atração, ou não. É como a beleza das pessoas... quando vejo pessoas bonitas sinto-me compelida a olhá-las e descobrir mais sobre elas - que fique claro que não estou aqui falando sobre flerte, estou apenas falando sobre curiosidade desprovida de intenções sexuais. Bom, voltando aos livros, quando as capas são bonitas, meu desejo é de lê-los! Quando li a sinopse de O Rouxinol e vi que a narrativa era ambientada na França e durante a Segunda Guerra Mundial fiquei ainda mais inclinada a levá-lo para casa! Até continuei olhando outros livros, mas por fim foi ele o escolhido!

Que livro lindo! Que história delicada, cheia de coragem, cheia de amor... Não conhecia Kristin Hannah - a autora - mas estou curiosa para ler outros de seus livros.

Vianne e Isabelle são duas irmãs que perderam a mãe ainda na infância e o pai delas, Julien, ex-combatente da Primeira Guerra Mundial, não soube lidar com a morte da esposa e abandonou as meninas sob os cuidados de uma estranha. Cada uma desenvolveu uma personalidade diferente. Vianne era mais comedida, centrada e resignada . Isabelle era rebelde, carente e sentia que ninguém a amava. A diferença de idade das meninas foi fator decisivo para afastá-las. Quando Vianne, a mais velha,  conheceu aquele que viria a ser seu marido, Antoine, também deixou Isabelle de lado para viver sua vida e construir uma nova família. Os anos passaram e uma guerra mundial, a segunda, se inicia. A França será palco de muita tragédia, muito sofrimento. E é nesse cenário que conheceremos mais profundamente Vianne e Isabelle. 
Com a Guerra muitas coisas irão mudar para as duas. Cada qual desempenhará um importante papel no conflito. Elas irão aprender que nem todos os alemães são ruins, mas muitos podem ser terríveis; que os próprios franceses podem ser tornar egoístas e cruéis; que talvez, o abandono, não seja por falta de amor, mas por falta de autoconfiança ou até mesmo por excesso de zelo. Perceberão que em um conflito como esse é bom poder contar com os outros e, melhor ainda, é ótimo poder ser útil e ajudar aqueles que estão em perigo. Isabelle conhecerá o amor que buscou por tanto tempo. Vianne terá que mentir, muito, mas para salvar diversas famílias, inclusive a sua. O medo estará presente na vida das duas, o tempo todo. Mas assim como a coragem, que nãos lhes faltará em momento algum!

Uma história  que me fez chorar e torcer pelas personagens tão bem escritas, tão humanas. Um misto de condutas. Nem só boas, nem só ruins. E sim, com a possibilidade da empatia, mesmo na guerra. Achei que leria o livro e ficaria horrorizada com a maldade humana, mas, pelo contrário, a autora conseguiu que eu ficasse admirada com a possibilidade de doação que muitos de seus personagens desenvolveram no conflito. Sim, eu sei que é apenas uma ficção... Mas prefiro acreditar que representa um pouco de nossas possibilidades reais. Bom, por isso, é um livro que ficará guardado na minha estante e quando eu estiver triste, decepcionada com as pessoas, com o egoísmo, o lerei novamente. Só para dissipar a amargura que estiver sentindo e lembrar que posso escolher para onde olhar: para a maldade ou para o amor. Ambos estarão presentes, mas a escolha será minha!

Espero que tenham gostado da dica de leitura de hoje! Por hora é só! 

Até!

Nenhum comentário:

Postar um comentário