sábado, 23 de julho de 2016

Livros: O Planeta dos Macacos...




O que falar de O Planeta dos Macacos? Bom, minha primeira ficção científica, em livro. Acho que comecei bem! Eu já havia assistido ao filme homônimo de Tim Burton (2001), ao Planeta dos Macacos: a Origem (2011) de  Rupert Wyatt e ao Planeta dos Macacos: o Confronto (2014) de Matt Reeves. Só posso dizer que esses filmes foram inspirados no livro de Pierre Boulle, mas nenhum deles tentou representar exatamente a história da obra francesa. Ao terminar a leitura, eu mesma, pude e quis imaginar muitas coisas a partir dos escritos de Boulle. Acima de tudo, é uma leitura que instiga a criação. Talvez seja essa a magia do livro que foi capaz de originar nove produções cinematográficas, até hoje: a primeira série, que conta com cinco filmes, foi produzida entre o final de década da 1960 e o início da década de 1970; em 2001 foi produzido um remake por Tim Burton; e a partir de 2011 iniciou-se a nova versão da série, cujo terceiro longa Planeta dos Macacos: A Guerra está em produção e a estreia é prevista para julho de 2017 (o diretor é Matt Reeves, novamente).

Mas vamos falar do livro propriamente dito, certo?! Imagine poder olhar para nossa sociedade humana como se estivéssemos fora dela. Imagine sermos capaz de perceber os nossos comportamentos e as nossas disputas como fazemos com os leões, os golfinhos, as formigas, por exemplo. Foi assim que me senti lendo a obra de Boulle. Enquanto eu estudava Biologia adorava analisar o comportamento dos outros animais e me parece que foi isso que fiz durante toda a leitura de O Planeta dos Macacos. Porém, nessa leitura eu analisava o comportamento humano, por meio de um narrador humano, que analisava o comportamento de macacos! Loucura? Confuso? Nada... Fantástico! O autor transformou os macacos em humanos! Quero dizer que o comportamento e a razão dos macacos eram iguais as nossas. E o serhumaninho, Ulysse Mérou, o cara que fazia toda a análise, não passava de um animal inferior incapaz de racionalizar (na ideia dos senhores macacos, é claro). Exatamente o que pensamos sobre os macacos que hoje habitam a Terra. Pierre Boulle, nessa inversão de papéis, descreveu a espécie humana em ricos detalhes. O autor francês nos proporciona uma outra maneira, divertida e fascinante, de pensar nossa espécie e sociedade.

Brevemente o que acontece é o seguinte: Ulysse Mérou nos conta sua viagem, iniciada no ano de 2500 partindo da Terra em direção ao sistema de Betelgeuse, junto com mais dois viajantes, o professor Antelle e Arthur Levain. Os três chegam a um planeta novo que denominam Soror e que, em poucos minutos, percebem ser habitado. Para maior surpresa, o primeiro habitante encontrado é um humano. Porém, rapidamente eles descobrem que os humanos, nesse planeta desconhecido,  são apenas animais selvagens, irracionais e incapazes de falar, que precisam ser subjugados pelos indivíduos mais bem desenvolvidos e capacitados do planeta: os macacos. 

Mais do que isso não irei falar. Quero instigá-los a leitura desse livro que me possibilitou não só uma viagem pelo espaço e para Soror, mas também uma profunda reflexão sobre quem e como somos nós. Humanos dotados de razão, mas prepotentes o suficiente para nos sentirmos capazes de dominar outras espécies e almejar governar o planeta em que vivemos.

Não posso deixar de agradecer imensamente àquele que me incentivou à leitura dessa obra: Gabriel. Meu parceiro e companheiro de vida, com quem adoro discutir sobre o mundo, a biologia, a humanidade, a psicologia, a sociedade... além de ouvi-lo falar sobre as estrelas, os planetas, a física, a química, a lógica entre tantas outras coisas que só alguém tão curioso, cientista e professor é capaz de descobrir e ensinar.

 Por hora é isso! Até logo! E boas leituras!

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