quarta-feira, 20 de julho de 2016

Apenas um desabafo...


 

Eu só quero compartilhar algo que me deixou bastante incomodada hoje cedo. Sei que não tenho nada a ver com a vida das pessoas, mas certas coisas chamam minha atenção e eu não consigo não refletir sobre. Primeiro, como muitos sabem, uma das minhas leituras da vez é A culpa é das estrelas - era, na verdade, acabei a poucos minutos e estou pronta para assistir ao filme! Bom, quem conhece essa história sabe como ela nos faz pensar sobre a vida e, inclusive, valorizá-la. Ao menos foi como reagi aos escritos de John Green. Então, com a cabeça pensando em Hazel e Augustus e todo o sofrimento envolvido na trama, eis que me deparo com um rapaz correndo na rua. O sinaleiro aberto para os carros. Ele alucinado quase sendo atropelado. Caramba, pensei, por que motivo corre o moço, loucamente, com tantos carros em velocidades consideráveis?  Obviamente ele quase foi atropelado... Que bom que foi quase! Confesso que eu não gostaria de presenciar uma desgraça logo cedo. Era cerca de 07h30 de uma manhã bem gelada. Tá... enfim... após olhar esta cena, procurei encontrar o motivo de tanta pressa... Ah, é claro, o ônibus estava indo em direção ao ponto e, sim, era extremamente necessário correr para pegá-lo, mesmo que morresse antes de alcançá-lo... Puxa... Não sei os reais motivos que levaram o rapaz a agir tão irracionalmente, mas como gosto de supor coisas, botei minha cabecinha para imaginar. Supus que ele estivesse atrasado para comer uma pizza de morango com leite condensado ou assistir sua série favorita na TV. Não sei... Só supus... Mas uma dúvida ficou martelando em minha cabeça: será que ele estava consciente de seus atos? Será que cogitava a possibilidade da morte ou de um acidente que o impossibilitasse de fazer tantas coisas agradáveis? Loucura, certo? Eu não tenho nada a ver com a vida dele, muito menos com a morte. Mas é que isso tudo me tocou. Lembrei que eu mesma, muitas vezes, agi como ele. Inconsequente... imprudente... Pois é. Que bom que nada grave aconteceu, com ele e comigo... Porque eu posso apostar que se algo pior acontecesse só restariam arrependimentos... Afinal, a vida e a saúde tem seu valor, certo?!
Bom... Eu só precisava desabafar... 
É isso por hora... Até breve!

Um comentário:

  1. Li e fiquei numa reflexão sobre, vida, o quanto ela vale, será que todo consegue viver da mesma maneira...
    E lembrei daquele filme o preço do amanhã, aquela cena em o Justin corre ao encontro de sua mãe por não a ver no último ônibus, é uma cena comovente pois mesmo sendo uma ficção ela faz conexão direta com a realidade de muitas pessoas, e ele corre a procura da mãe dele e ela corre pra tentar chegar em casa a tempo, e a vida deles era pautada num relógio biológico que delimitava o viver, e talvez essa corrida do filme seja a mesma corrida imprudente ao ponto de ônibus as 7:30 da manhã, correndo pela vida.

    ResponderExcluir